O açude Epitácio Pessoa, popularmente conhecido como açude de Boqueirão, é considerado uma das principais fontes de água do estado da Paraíba. Graças à sua grande capacidade e localização geográfica, o açude abastece diversas cidades paraibanas e acaba por ter uma grande importância para a economia. Uma cidade diretamente afetada pela distribuição aquífera de Boqueirão(açude) é a cidade de Campina Grande, conhecida nacionalmente por seu potencial tecnológico e sendo um destaque econômico para as cidades vizinhas.
Contudo o volume de água do açude vem sendo reduzido e uma crise hídrica vem se instalando nas cidades abastecidas por essa importante fonte de água. A ANA(Agência Nacional das Águas) e a AESA(Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba) vem registrando os volumes de água desse açude. Partindo dessa fonte, podemos entender melhor como a crise hídrica surgiu e como ela afeta várias cidades paraibanas.
Para introduzir essa série de estudos, primeiro teremos uma visão geral de como andam os registros anuais do volume de Boqueirão. O gráfico a seguir mostra a variação que o estudo sofreu ao passar dos anos.
Podemos ver uma constante verificação mensal entre os anos de 1990 e 1998. Nesses anos, o registro volumétrico de água era feito mensalmente e não existiam grandes variações para impactar nos resultados. Já entre os anos de 1999 e 2003 o volume era registrado diariamente, o que torna o estudo sobre esses registros algo muito mais preciso e podemos indicar melhor as causas da crise que aconteceu nesse período.
Contudo também podemos admitir que entre os anos de 2012 e 2016 essas empresas reduziram anualmente a quantidade de registros que faziam e esse período coincide com uma fase de declínio volumétrico implicando na crise hídrica de abastecimento que temos hoje. Em 2017, quando a crise chegou ao seu ápice, o registro voltou a ser realizado com uma frequência maior.
Não podemos afirmar que a falta de registros com maior frequência seja um fator que esteja diretamente relacionado com a economia de água e assim um menor declínio volumétrico mensal, mas podemos afirmar que a preocupação com os registros desses dados vem aumentando e que temos maiores ferramentas para ajudar a prever cíclos de volume de água e entender como aconteceram as crises hídricas para conseguir evitá-las no futuro.
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