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Finalizando o estudo sobre o volume do açude de Boqueirão, focaremos agora no perfil anual que é esperado para o reservatório, ou seja, como normalmente é dada a distribuição de volumes baseada na média mensal relatada.

Como já relatado anteriormente, o açude vem perdendo volume durante os últimos 7 anos e a estiagem prolongada é um dos motivos para a situação crítica no abastecimento. Para entender melhor a situação, utilizaremos os dados fornecidos para entender melhor o que aconteceu nos últimos anos, buscando interpretar os períodos do ano que apresentam picos ou baixas consideráveis.

Podemos notar que entre os anos de 2008 e 2011 a quantidade observada mensalmente ganhava picos nos meses de Março e Abril, período que coincide com o outono nessa região. No fim do ano, vemos uma declínio devido o aumento das temperaturas e a menor quantidade de chuva fechando assim o ciclo anual. Contudo nos anos posteriores esse ciclo deixou de existir e não existem picos e na maior parte o nível apenas reduziu.

Ao chegar mais próximo de 2017 notamos que o nível reduz com intensidade menor e que ao chegar em Abril de 2017 alcançamos o menor valor registrado. É importante destacar que no primeiro mês depois desse recorde (negativo) o volume cresceu bastante, mas perdeu velocidade nos meses que sucederam. Isso poderia ser um reflexo do fim do racionamento adotado nos últimos anos visto que se mostrou eficaz.

Por fim, temos esse alerta silencioso de que o volume do açude vem perdendo força em seu crescimento e isso pode ser um problema futuro. As águas do rio São Franscisco são constante, porém não são inesgotáveis para nós paraibanos. Elas viajam quilometros para encontrar o nosso açude e então ser distribuída para várias cidades. Com a estiagem que persiste, a única solução é economizar ao máximo e evitar cometer os mesmos erros de outrora.